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Espaço Expositivo é inaugurado no CLQ com vernissage “Átopos – as belezas do existir”

Espaço Expositivo é inaugurado no CLQ com  vernissage “Átopos – as belezas do existir”

     O CLQ Reserva Jequitibá conta, agora, com o Espaço Expositivo “Marina Rodrigues”, inaugurado, em grande estilo, no dia 9 de outubro, com a vernissage “Átopos – as belezas do existir”.
     A Cerimônia de inauguração iniciou-se no Teatro do CLQ, com a presença de alunos, familiares, professores e convidados e, também, da homenageada Marina Rodrigues, artista visual, que emprestou seu nome ao espaço.
Marina, ex-aluna do Cursinho CLQ, tem-se destacado no cenário artístico nacional e internacional com o movimento da “Tape Art”, dando vida a ambientes com uma decoração urbana e inovadora, através de linhas geométricas. O Espaço Expositivo está também decorado com sua arte. A artista piracicabana emocionou-se com a homenagem recebida: “É uma honra receber essa homenagem e também boa oportunidade para transmitir minha arte aos jovens. Quando fiz colégio, não havia toda essa abertura cultural e artística que o CLQ proporciona a seus alunos. Acho isso muito importante porque motiva o jovem para a arte, não só por trazer o artista, mas a arte para dentro da escola por meio das ações das professoras, envolvendo oficinas, teatro, música, fazendo, assim, com que os alunos, realmente, mergulhem na arte, essencial para a formação deles, tanto para aqueles que pretendem seguir nessa área, como para o acesso a ela e o contato constante com ela. A arte que deixo no espaço expositivo fiz com a intenção de inspirar os alunos, para que eles não deixem de fazer aquilo que mais amam”, disse a artista. Vale salientar que a arte deixada pela artista no Espaço Cultural do CLQ foi inspirada no Projeto Átopos. A linha rosa, que representa as belezas do existir, atravessa e se entrelaça com as linhas negras, dores do existir.
     Inaugurando o espaço, aconteceu a vernissage “Átopos – as belezas do existir”. Resultado de um projeto idealizado pelas professoras Bruna Giro, de LPT, Tatiana Gerardini, de Filosofia e Sociologia, e Ingrid Boer Benetti, de Arte e História da Arte. “O Projeto emergiu do desejo de os professores e os alunos trabalharem juntos na construção de conhecimentos, a partir dos paradigmas das artes plásticas, da literatura e da filosofia, algo distinto do cotidiano escolar. O tema eleito pelos alunos “Os sofrimentos e a condição humana na atualidade: fobias, pânico e depressão” inspirou-se, certamente, num contexto contemporâneo maior, para além das paredes das salas de aulas”, comentou a professora Tatiana.


     No primeiro semestre, os alunos envolveram-se com o tema a partir de uma palestra do psicanalista Márcio Mariguela e de uma roda de conversa sobre a perspectiva da literatura sobre o tema. O segundo semestre foi intenso, pois, nele, se realizaram os ensaios de representação estética do sofrimento, por meio de imagens, na oficina fotográfica “Dores do Existir”, fruto de pesquisas dos alunos envolvidos no projeto. A aluna Helena Ventosa ficou responsável pelas fotos, junto ao diretor Fábio Torigoi.
Finalizando essa nova etapa do projeto, concluiu-se, junto aos alunos, que a vida possui muita beleza, a despeito dos sofrimentos. Na verdade, estes nos podem fortalecer e potencializar, ainda mais, dentro de nós, a poesia do viver.
     Integrando a vernissage, a professora Ingrid expôs trabalhos e fotos do “making of” das oficinas: “Átopos: lugar do sensível, inteligível”; “Máscaras de atadura gessada”; “Action painting” (arteterapia realizada pelos alunos sob a interferência da Tape Art de Marina Rodrigues) e “Objetos Estéticos”. Além disso, o aluno Luca Corazza, da 3ª série do Ensino Médio, completou a exposição com os seus desenhos e ensaios.
Seu pai, Thiago Corazza, estava apreciando os trabalhos e comentou: “Acho que tudo que está relacionado à arte, agrega muito valor para qualquer parte da vida. É interessante a escola poder proporcionar essa outra visão em uma época em que vivemos muito o tecnológico, quando parece que tudo que é artesanal, desenhos, marcenaria, ou seja, tudo que é manual, está existindo cada vez menos. Esse resgaste da arte para eles, estudantes, é muito bom. E é claro que fico orgulhoso pelo Luca. Estou achando tudo muito bacana.”
     Na abertura da exposição, os alunos Amanda Pavilião Paulilo e Mateus Gil deram seus depoimentos: “Percebi o quanto é importante conversar, abrir-se, falar e ser escutada. O projeto ensinou-me uma lição que levarei para o meu todo sempre: gritar para o mundo, falar o que sinto, o que penso, minhas sensações, minhas vontades. Nós não estamos sozinhos aqui e todos merecemos ser escutados. Escute. Fale. Grite. Despenque. Chore. Sorria. Abra-se. Peça ajuda e ajude quando possível. O mundo é nosso e nós somos do mundo”, declarou Amanda.
“Gostaria de ressaltar a importância da oportunidade proporcionada pelo Colégio de expressar o que sentimos por meio da oficina, uma roda de conversa aberta a qualquer tipo de impressões sobre os temas em pauta, como o suicídio, os traumas do dia a dia e os pensamentos que nos corroem permanentemente. Realmente, o peso das palavras que me sufocavam e que se acumulavam no meu peito era esmagador. Eu me sentia tão atolado por pensamentos, que não aguentei e desabafei. Com isso, senti que o peso que eu carregava ficou mais leve... As palavras que estavam presas em minha garganta foram libertas tão bruscamente que só percebi ter falado quando senti um repentino alívio. Aquelas palavras, represadas por mim, finalmente vazaram da minha alma”, relatou Mateus.
     Durante a vernissage, os alunos fizeram diversas apresentações musicais, tornando o evento ainda mais agradável. Elogios não faltaram. Silvia Mafia, mãe de Martina, comentou que achou muito boa essa iniciativa. “O depoimento dos alunos foi maravilhoso, além de eles se divertirem, foi um grande aprendizado; esse contato com a arte é muito bom e importante”, comentou.
     Sérgio Passini Júnior, pai de Luiz C. Passini e do ex-aluno Pedro, disse: “Fiquei surpreso com a capacidade dos alunos em desenvolver os temas. Muitas vezes, nós, pais, não temos muito ciência do que eles podem expressar e apresentar. Estou muito satisfeito com o trabalho que estou vendo aqui, por tudo que eles demonstraram que sentem e que está dentro de cada um deles. Só assim para a gente ter uma noção. Muito bom esse trabalho."
     O CLQ está muito orgulhoso e feliz por proporcionar esse ambiente, o Espaço Expositivo, e um trabalho enriquecedor a seus alunos. Parabeniza a todos, professores e alunos, pela seriedade e pela desenvoltura do projeto Átopos. Agradece, ainda, à artista visual Marina Rodrigues pelo belíssimo trabalho registrado nesse novo espaço cultural.

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