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Uma rica aprendizagem em Picinguaba

Uma rica aprendizagem em        Picinguaba

Os alunos do 7º ano do Ensino Fundamental II viveram uma experiência diferente: pela primeira vez, realizaram uma viagem de estudo sem retornar no mesmo dia. Permaneceram, entre os dias 24 e 27 de abril, em Ubatuba, acompanhados pelos professores de Ciências, Ângela Palma, e de História, Daniel Souza (Sorriso), realizando estudos e pesquisas, no Núcleo de Picinguaba, sobre os ecossistemas Costão Rochoso, Manguezal, Mata Atlântica e Mata de Restinga. Vale salientar que as viagens de estudo, além de proporcionarem um rico aprendizado in loco, também constituem uma valiosa oportunidade de socialização, pois os alunos interagem por alguns dias em ambientes distintos do domiciliar e do escolar. Aprendem a conviver com grupos diferentes, por conseguinte, a dividir e a respeitar os limites do outro. Além disso, durante as visitas, convivem com outras culturas, o que os leva a respeitar costumes e opiniões diferentes dos de seus pares. Isabela Nardo e Dandhara Naum Dalla, do 7º ano A, contam algumas experiências que viveram durante a estada em Ubatuba e Picinguaba. “Em Ubatuba, fomos ao Projeto Tamar, conhecemos cinco tipos de tartarugas. Vimos como ocorre a desova e recebemos informações sobre outros tipos de tartaruga, como a jabuti, a tigre d´água, a americana (com manchas vermelhas) e a brasileira (com manchas amarelas). Visitamos também o Aquário de Ubatuba. Lá, vimos várias espécies marinhas, como tubarões, raias, pinguins, animais que nunca tínhamos visto ao vivo antes. No dia seguinte, no Núcleo de Picinguaba, participamos de uma palestra sobre o Núcleo, sua importância, as comunidades que lá vivem, a preservação da fauna e da flora. Fizemos também uma caminhada pela mata de restinga, quando nos explicaram as variedades das plantas e matas. Na Casa da Farinha, mostraram-nos as fases de produção da iguaria. Conversamos também com o Zé Pedro, que contou a vida dele e da comunidade quilombola. Ainda na Casa da Farinha, assistimos a uma apresentação do grupo de dança típica ‘ô da Casa’, a dança da Arara. Em seguida, andamos pela Trilha do Jatobá, uma encosta mais fechada e com solo argiloso. Caminhamos pela praia até o Costão Rochoso, fazendo colheita, para estudo, de animais que estavam à beira-mar. Conhecemos também a Vila de Picinguaba e aprendemos sobre a cultura do povo caiçara. Gostamos de ver os barcos deles, bem coloridos. Além disso, apreciamos muito as visitas ao Aquário e ao manguezal. Neste, passamos por uma mata de restinga até chegar ao local, com o solo bem alagado. Vimos os três tipos de mangue: branco, vermelho e preto, diferenciados pela salinidade. Aprendemos as características de cada um deles. Vimos caranguejos e fomos, depois, de barco até a praia. Achamos muito legal a viagem e aprendemos mais, pois temos um conhecimento real sobre o que estudamos.“ Durante a excursão, além dos aspectos biológicos, os alunos puderam aprofundar seus conhecimentos sobre a história e a cultura brasileira, uma vez que conheceram comunidades tradicionais, como a quilombola e a caiçara, bem como o modo de vida dessas comunidades, em seus aspectos econômicos, culturais e sociais, que evidenciam a profunda influência dos portugueses na formação dos caiçaras. Os conhecimentos adquiridos durante a viagem de estudo do meio funcionarão como alicerces para temas a aprofundar em sala de aula, no decorrer dos próximos dois anos, além da contribuição à formação humanística dos alunos.

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