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Estudos em Brotas e Barra Bonita

Estudos em Brotas e Barra Bonita

Dando continuidade ao estudo da água e das bacias hidrográficas da região, os alunos do 6º ano realizaram duas viagens de estudo. Estiveram, no dia 27 de abril, na cidade de Brotas, com o objetivo de analisar o relevo, a hidrografia, em especial, e a vegetação local, de cerrado e de Mata Atlântica, que tipifica o relevo. De fato, nessa região de relevo muito particular, o de Cuesta, os estudantes puderam aprender como ele se formou e originou o tipo de vegetação ali encontrado: na frente da cuesta, Mata Atlântica; em seu reverso, cerrado. Puderam, dessa forma, diferenciar a mata primária, da secundária e da ciliar e analisar vários aspectos dessas vegetações. Por outro lado, em hidrografia, os alunos receberam informações sobre o rio Jacaré Pepira: com aproximadamente 174 quilômetros de extensão. Esse afluente do Tietê nasce na divisa dos municípios de Brotas e São Pedro, na Serra de Itaqueri, à altitude de 960 metros, e desemboca no Tietê no município de Ibitinga. Conheceram aspectos do tratamento de esgoto, principalmente do doméstico, um dos fatores para esse rio ser um dos mais limpos do Estado de São Paulo. No rio, os alunos participaram de uma atividade chamada ''náufrago''. Para atingir um objetivo proposto no rio Jacaré Pepira, planejaram e montaram uma canoa com boias, varas e corda e navegaram pelo rio. Tudo isso com a orientação de monitores dentro e fora do rio e com os devidos equipamentos de segurança. Ainda em Brotas, realizaram uma atividade de orientação espacial. Após assistir a uma palestra sobre cartografia e utilização da bússola, com a orientação de mapas e bússola, tiveram de chegar a pontos de controle e retornar ao ponto de partida. Essa atividade envolveu, principalmente, planejamento, conhecimento de mapas e do uso da bússola. Finalizando as atividades, caminharam por uma trilha para conhecer aspectos do relevo de cuesta e da vegetação local. Terminada a caminhada, para recuperar as energias, todos saborearam deliciosas pizzas. “Gostei da viagem desde a ida no ônibus. Chegando a Brotas, fomos à cachoeira e, embora a água estivesse bem gelada, me diverti muito com os meus amigos. Aprendemos a nos localizar com o uso de bússola e de mapa. Construímos uma jangada com boias. Vimos as matas primária, secundária e ciliar no leito do rio, além de alguns insetos. Achei a viagem superlegal. Valeu a pena, pois aprendemos de uma forma divertida e nos deliciamos com a pizza, no final”, conta Matheus D. Coelho, do 6º A. Já no dia 7 de maio, a turma esteve em Barra Bonita, para conhecer o médio Tietê. Em uma eclusa, aprenderam o seu funcionamento, atravessaram a barreira do rio e viram como se opera a eclusagem. Informaram-se, também, sobre as atividades desenvolvidas no Tietê e sobre a hidrovia. Puderam observar a extração, no rio, de areia e argila. Após desenvolverem algumas atividades no barco e almoçarem, divididos em grupos, os alunos visitaram a Cerâmica Zé do Pote, que produz um trabalho artesanal com a matéria-prima retirada do Tietê. Lá conheceram todo o processo que transforma a argila bruta em potes e vasos. Visitaram também o Memorial do Tietê, que mantém o maior acervo de informações sobre esse rio. Viram aspectos da história do rio, como ele era e como se mostra atualmente. Finalizando a viagem, passearam por um feira de artesanato. A aluna Ana Laura Ometto Dondelli conta a experiência que teve em Barra Bonita: “Fizemos um passeio de barco e aprendemos sobre o alto, o médio e o baixo Tietê. Vimos que foi importante historicamente, pois os bandeirantes o usaram para explorar o interior do Brasil e para transportar grãos. Atualmente, ainda tem importância econômica. Achei interessante a eclusa, como a água sobe e a força das paredes, segurando as águas do rio. Amei conhecer a oficina de cerâmica e ver a agilidade do artista para moldar um vaso com as mãos. Estou gostando bastante das viagens, pois acho que as aulas em campo são mais legais e atrativas“.

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