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Estudos na Fazenda Ibicaba

Estudos na Fazenda Ibicaba

A Fazenda Ibicaba, fundada em 1817, na cidade de Cordeirópolis, tornou-se local importante de estudos históricos, pelo pioneirismo, visto que foi a primeira a substituir a mão de obra escrava pela de imigrantes europeus, e também pela relevância econômica na produção do café, porque estabeleceu os primeiros contratos do Sistema de Parceria. Até hoje, preserva um conjunto arquitetônico representativo do ciclo de café, formado pela sede centenária, pela capela e pela senzala, e também de pela tulha e pelos terreiros e aquedutos, construídos por escravos.
Com o objetivo de aprofundar os estudos em História, no dia 20 de junho, os alunos do 4º ano do Ensino Fundamental visitaram a Fazenda Ibicaba. “Aprendemos que foi a primeira fazenda a trabalhar com a mão de obra de imigrantes”, contou Sofia Mendes Vieira, do 4º A. “Aprendemos que as pessoas não eram escravizadas somente pela cor, mas também por outros motivos, ao longo da história”, disse Luca Mazzonetto,do 4º C. Matheus de Castro, do 4º B, reiterou que Ibicaba foi uma das mais importantes fazendas da época da colônia, já que foi pioneira na plantação de café.
“Como, em História, estamos estudando a escravidão, após a viagem, fizemos alguns trabalhos sobre o que vimos e aprendemos lá. Na Fazenda, havia o Capitão do Mato, o Barão, o Bentinho, que era escravo, e o italiano, o Bambino. Cada um explicava como as coisas funcionavam lá e como era a vida deles”, relataram os alunos. Sofia e Matheus gostaram mais da senzala, onde tiveram informações sobre como os escravos ali viviam. “O moço que fazia o papel de Bentinho atuava muito bem: ele explicou que os escravos eram maltratados, que comiam restos da comida da casa dos Barões”, disse ela. Por sua vez, Matheus comentou que o local era triste e que dava até um pouco de medo. Luca gostou mais da área onde os imigrantes trabalhavam com o café, de ver as máquinas antigas de beneficiamento do café: “Eu nem sabia que, naquela época, já usavam máquinas para separar os grãos de café”, afirmou.
“A viagem foi muito legal e deu para entender melhor o que aprendemos em sala de aula”, relataram eles. Além do estudo histórico, os alunos voltaram com outro olhar sobre a vida, uma vez que se sensibilizaram com as histórias dos escravos. Nessa direção, Luca disse: “Não gostei de ver que as pessoas eram escravizadas. Cada um deve poder escolher o que seguir, o que fazer, o que ser, sem sofrer preconceitos por isso”. Sofia concordou: “Não importa a cor, a idade, a religião, a personalidade da pessoas; porém muita gente tem preconceito disso. Temos que ser amigos, gostar das outras pessoas e delas tratar bem, independente das escolhas delas”. Matheus completou: “Não importa se a pessoa é de um lugar ou de outro, de uma cor ou de outra, todos têm o mesmo direito ao bom tratamento”.
Grande aprendizado, meninos. Parabéns!

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