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Encenações finalizam atividades teatrais do CLQ de 2017

Encenações finalizam atividades teatrais do CLQ de 2017

Indiscutíveis são os benefícios que a arte, em suas diversas linguagens, traz à aprendizagem. Na interpretação, podemos citar o desenvolvimento da capacidade de interpretar ideias e de expressá-las com inteligência, raciocínio, criatividade, afetividade, emoção e conhecimento. Saberes que ampliam a capacidade perceptiva do aluno, que os aplica à qualquer área da vida.
É evidente a desenvoltura dos alunos que participam da Oficina de Teatro; muitas vezes, surpreendem pela capacidade de expressão. No dia 29 de novembro, os alunos dos grupos de Teatro do Ensino Fundamental e Médio encerraram, com muito brilho, as atividades de 2017, coordenadas e dirigidas pela professora e atriz Gabriela Elias.
O Grupo “Os Batutinhas”, composto por alunos do Ensino Fundamental II, apresentou o exercício cênico “Ensaio sobre o nada”, uma criação coletiva, estruturada em pequenas histórias fragmentadas e aparentemente independentes que, interligadas e somadas, compõem o enredo. O grupo fez uma crítica às cadeias de opressão com que, cotidianamente, nos deparamos, muitas vezes sem perceber. Nessa crítica, a escolha do “NADA” configura potente metáfora. Trabalhando temáticas, como preconceito, bullying, homofobia, desigualdade de gênero. O “Ensaio sobre o nada” propôs evidenciar as violências que nos cercam e acabam, de forma cruel, por se naturalizar e se reproduzir de diferentes formas. No elenco, Angelina Torigoi de Oliveira, Cecília Veiga, Fernanda Furlan, Gustavo Branco, Isabelle Moura, Maria Clara Brasil, Maria Eduarda Camattari, Maria Eduarda Oliveira, Nina D`Aguiar, Rafael Naok e Yasmin Gobbin.


Foi o primeiro ano em que Gustavo Branco participou da Oficina de Teatro; não escondeu sua alegria em estar no palco. “Amei essa experiência. Desde de pequeno, com 4, 5 anos, penso em ser ator. Essa foi uma oportunidade de eu iniciar nesse meio. Fiquei observando as meninas na primeira cena e, quando chegou a minha vez, eu já estava mais solto, tranquilo e tentei dar o meu melhor para o público.” E realmente deu! “Sinto que mudei depois de participar da oficina, pois estou aprendendo muitas coisas, adquirindo experiência e, segundo a Gabi, tenho potencial para o teatro. Estudei muito o roteiro e os temas abordados, refleti sobre eles, pois nossa intenção foi abordá-los de forma mais lúdica”, contou Gustavo. Seus pais não esconderam o orgulho em vê-lo no palco.
Edward, o pai, comentou: “Fiquei encantado, porque também fiz teatro na adolescência; para mim, foi um “dejá vu” assistir a esse cloninho meu interpretando com talento. O mais importante, é que é o que ele quer fazer, pois é o que gosta. Então, espero que ele consiga dar vazão a esse talento natural pelo qual tem paixão”. A mãe, Cecília, reafirmou: “Realmente, foi muito importante para o desenvolvimento dele participar das aulas de teatro e também para o conhecimento e o debate sobre alguns temas sociais, que abordam, principalmente, o respeito pelo outro, reforçando a importância dessa postura na vida. Como ele é bastante extrovertido, isso o ajudou também na interpretação, além de ele falar que pretende ser ator. Acho que temos de dar espaço para que ele desenvolva aquilo de que ele gosta. Ele sempre vinha muito empolgado para aulas e a elas se dedicava bastante. Tanto eu como o pai dele estamos muito felizes com isso e achamos que vale a pena esse investimento ao perceber a dedicação dele”.
“Do que estamos falando quando falamos de amor?” foi o exercício cênico apresentado pelo grupo “Nóis é mandioca”, formado pelos alunos do Ensino Médio. Trata-se de criação coletiva que propõe um olhar crítico e divertido sobre os relacionamentos e seus desafios no mundo contemporâneo. Os disparadores foram o clássico "Romeu e Julieta", de Shakespeare, os poemas de Vinícius de Moraes, de Carlos Drummond de Andrade, de Camões, de Fernando Pessoa, o conto “Do que estamos falando quando falamos de amor”, de Raymond Caaver e a obra “O banquete”, de Platão.


O público envolveu-se profundamente com a encenação, dela participando espontaneamente. Como bem considerou a coordenadora do Ensino Fundamental Maria Izabel Peixoto Olivetti: “Trabalho sensacional! Apesar de não ter sido proposital, as duas apresentações se completaram e fizeram com que todos refletissem sobre temas muito importantes. O final da segunda apresentação foi uma apoteose! Adorei ver a plateia toda cantando e dançando! Recebi inúmeros elogios às apresentações. Cada vez mais essa ênfase do CLQ nas Artes vem sendo percebida positivamente. Por isso, pretendemos incrementá-la ainda mais no próximo ano.”
Parabéns aos nossos alunos-atores e à professora Gabi por terem proporcionado uma noite muito agradável, quando sensibilizaram a plateia, nela despertando a atenção e a reflexão sobre importantes temas.

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