“Nossa Região, como está o tempo?” foi o projeto proposto pelo Portal Educacional, que envolveu os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental do CLQ e mais 3600 estudantes de oito estados brasileiros, durante três meses, em pesquisas e estudos sobre o tempo. No CLQ, os alunos, sob a orientação da professora Renata Sartini, cumpriram as quatro etapas propostas, três delas obrigatórias, cujo objetivo foi a aquisição de conhecimentos sobre as condições climáticas, sobre como elas interferem em nosso dia a dia e sua importância social, econômica e política. O projeto envolveu, ainda, sabedorias populares e dialetos regionais.
Na primeira etapa, os alunos tiveram de observar o tempo e fazer o registro da temperatura ao longo de duas semanas. Fizeram também a medição com um termômetro do ambiente, consultaram termômetros da cidade, ou de algum órgão oficial, e tiraram fotos para ilustrar o clima. Essas informações foram inseridas em uma tabela. Na segunda etapa, investigaram sabedorias populares e curiosidades sobre o tempo. Para isso, pesquisaram e entrevistaram pessoas mais experientes, pais, avós, tios, para obter as informações, inclusive de como se previa o tempo antigamente. A terceira etapa envolveu a elaboração e a gravação de um vídeo que mostrasse o sotaque da região onde vivem. Os alunos do CLQ fizeram vídeos com a previsão do tempo, mostrando nosso jeitinho caipira de falar. Por último, construíram um relógio do sol com papelão. Todo o material, como tabelas, fotos, vídeos, foram disponibilizados no Portal para que os participantes de outras cidades e regiões pudessem ter acesso e trocar informações.
O trabalho, feito pelos alunos do CLQ, foi motivo de notícia no Jornal de Piracicaba, no dia 5 de novembro, quando se publicou o depoimento de três deles, cada um representando sua sala, dado à jornalista Gabriela Garcia. “Eu não prestava muita atenção em clima antes de participar desse projeto. Depois, aprendi muito sobre o tropical, que é o nosso, e sobre os outros tipos de clima. Eu até melhorei nas aulas de Geografia”, disse Matheus Zámolyi Park. Já Lucas Leistner Longatto contou, à jornalista, que gostou muito de fazer a gravação do vídeo. “Fiz com um amigo meu e a mãe dele, que ajudou a gente a escrever o roteiro. Eu parava para acompanhar o tempo só de vez em quando; agora, presto mais atenção. Aprendi que o Sul e o Centro-oeste estão com problemas por causa da chuva, uma região com muita e outra, com pouca. Quando chove muito, acho que, se houvesse uma área destinada a recolher a água da chuva, ela seria mais bem aproveitada”.
Felipe Camargo Nabas Sanches contou que foi interessante compartilhar as experiências com alunos de outras regiões “Deu para ver a diferença do clima com as fotos que os alunos do Nordeste, por exemplo, postavam. Antes, eu assistia, no telejornal, a várias notícias sobre o clima, que eu não entendia. Agora, já as entendo e sei do que estão falando.”
