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Universidade de Cambridge avalia nível de Inglês dos alunos do CLQ

Universidade de Cambridge avalia  nível de Inglês dos alunos do CLQ

Manter alto padrão de qualidade de ensino envolve vários aspectos. Entre eles, destaca-se aqui, a avaliação externa dos trabalhos desenvolvidos, os quais propiciam o diagnóstico para melhorias futuras, manutenção de programas, mudança de material didático, por exemplo, ao fornecer parâmetros sobre se os resultados pretendidos vêm sendo alcançados.
No mês de fevereiro, o CLQ dispôs-se a participar de um projeto desenvolvido pela Universidade de Cambridge, que possui um produto benchmarks para testar o nível de inglês dos alunos. Inicialmente, aplicou-se esse teste na rede pública estadual, envolvendo cerca de 11 mil alunos entre 16 e 17 anos. Neste ano, em fase-piloto na rede privada no Brasil, aplicou-se o mesmo teste a alunos entre 10 e 14 anos, ou seja, do Ensino Fundamental II.
O teste avalia as habilidades de listening, reading e use of english. Com duração de 60 minutos, é uma ferramenta adaptativa, ou seja, seleciona as questões com base no desempenho do candidato até aquele ponto do teste. Dessa forma, o aluno não recebe questões, nem fáceis, nem difíceis demais para o seu nível. Assim, a experiência de cada aluno é única. Para tanto, o teste é realizado online, usando-se fones de ouvido para a sessão listening.
Os testes no CLQ foram coordenados pelo professor Eduardo Francini, com acompanhamento de representantes de Cambridge. No último dia do teste, Ricardo Marques, Gerente Senior da Cambridge no Brasil, e Fátima Trindade, Diretora Executiva do São Paulo Open Centre, acompanharam a aplicação do Benchmark Test no CLQ. Na oportunidade, conversaram, de forma esclarecedora, com o Notícias do CLQ.

O que é o benchmark test?
Ricardo – O benchmark test destina-se a um grande número de alunos, de diferentes países e estados, em grandes escolas. Tem, como meta, indicar, aos gestores escolares, como está o nível de proficiência dos estudantes em inglês, permitindo-lhes tomar decisões quanto à política para o processo de ensino-aprendizagem desse idioma em sua escola.
Há a expectativa de vocês, ao aplicar os testes para alunos da rede pública, numa faixa etária superior à que estão aplicando no CLQ, de que o nível de proficiência seja superior na rede privada?

Fátima - Trabalho com o setor privado, escolas da capital e do interior. Observamos um incremento do ensino da língua inglesa, especialmente no sistema privado. Como comentou o Ricardo, o público começa, também, a dar atenção "a" essa área de aprendizado e a chegar ao nível da consciência "dela". O setor privado já passou desse nível, pois vem implementando uma série de ações nessa direção, inclusive, com um movimento de maior qualificação docente, pois a demanda de um nível mais complexo do idioma exige um perfil de professor com habilidades e competências também mais complexas. Então, o setor privado executa um movimento de potencialização da língua inglesa, sim.


A vinda do High School para o Brasil fortaleceu isso?
Fátima - A entrada do High School ao final do Fundamental II e durante o Ensino Médio, de certa forma, exige dos níveis anteriores, do 6º, 7º e 8º anos e também do Fundamental I, uma nova postura, com o aumento da carga horária, a fim de trabalhar o nivelamento desses jovens, porque, para ingressar no High School, têm de dominar o nível intermediário do idioma, pois não vão apenas frequentar um curso de inglês, mas se exporão a disciplinas ministradas na língua inglesa. Então, o conhecimento geral do idioma deve ser mais bem trabalhado nos anos que antecedem a escolha pelo High School e por essa trilha internacional. Esse foi um movimento que mexeu com o programa de inglês nas escolas que o oferecem, potencializando o aprendizado da língua.


Com esses testes avaliativos, ou seja, com o Benchmark Test, vocês acreditam que tanto a rede pública como a privada implantarão programas de curto prazo, no Brasil, para potencializar o ensino da língua inglesa?
Ricardo - Esse tipo de análise é fundamental, pois qualquer mudança na política de idiomas passa por um diagnóstico; daí a importância do Benchmark Test. É importante que todas as escolas e o Estado brasileiro, as diferentes unidades federais, façam uma análise para conhecer bem a situação. Depois disso, conseguirão atuar e propor melhorias, que não se fazem do dia para a noite, mas pode-se definir, com certeza, a médio e longo prazo para atingí-las, uma vez que o processo envolve os professores, a estrutura da escola, o currículo do inglês, a política de idiomas e a própria expectativa do aluno.


Fátima - A partir dessa medição, a escola tem dados e informações para empreender a melhoria de seus cursos. O exames Cambridge English são como instrumentos para a gestão de qualidade, tais quais os programas de qualidade ou ferramentas de gestão aplicados em organizações. Com esses dados, o líder terá mais segurança para a tomada de decisões, para fazer correções de rota e avaliar as habilidades dos alunos em cada aspecto: oratória, escrita, redação, leitura. Verá outros aspectos, entre eles, o nível de proficiência que quer que os alunos desenvolvam e com que saiam, ao final dos doze anos da educação básica.
É importante lembrar que, por trás de todas essas ferramentas de Cambridge, temos as diretrizes do Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas (CEFR, na sigla em inglês), padrão internacional para descrever habilidades linguísticas, as quais ajudam a definir metas, objetivos e aprendizados. Esse processo ajuda a instituição a desenhar caminhos e a verificar a eficiência dos resultados obtidos.


Quanto à aplicação na rede privada, a escola se candidata, vocês escolhem ou todas estão incluídas no programa?
Ricardo e Fátima – O São Paulo Open Centre já vem acompanhando o CLQ há alguns anos. Quando o Cambridge English pediu uma indicação de escola com que já se trabalhasse e que tivesse interesse, conversamos com o professor Eduardo Francini sobre essa proposta. A direção do CLQ aceitou a experiência, tanto para que os alunos pudessem ter a noção do nível em que se encontram, como para obter retorno sobre o trabalho que estão realizando. Por isso, nós parabenizamos e agradecemos a escola por ter aberto as portas para este tipo de experiência. •

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