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Habilidades Socioemocionais - afinal, do que se tratam?

Habilidades  Socioemocionais -  afinal, do que  se tratam?

Por:  Tais Oetterer de Andrade (Diretora)

Intensamente tem se comentado a nova atribuição da escola no que se refere às habilidades socioemocionais.
Porém, anteriormente não nomeadas, essas habilidades já faziam parte do currículo, “oculto”, mas eram consideradas subjetivas ou intrínsecas ao ato de educar e não constavam dos conteúdos programáticos. Professores lidam com elas em seu cotidiano escolar, dado que a escola é um ambiente coletivo, de estreita e frequente convivência. Considera-se uma educação de qualidade quando a instituição cogita o indivíduo de forma integral, ou seja, quando se cuida e faz florescer todas as variáveis e nuances da formação, tanto quanto à cognição, quanto aos sentimentos, emoções e temas éticos e sociais.
Trazendo esta questão como cerne de sua essência, a Base Nacional Comum Curricular estabeleceu, nacionalmente, o que os alunos devem aprender ao final de cada ciclo escolar e além disso, como objetivo principal, a proposição e a consolidação da educação integral, ou seja, a que privilegia aptidões quanto à dimensão emocional do estudante.
Com o cenário social e profissional que vivemos hoje, crianças e jovens precisam lapidar a questão de ser e de conviver: ser criativo, colaborativo, cooperativo, autoconfiante. Agir para o bem comum, respeitar e tolerar os diferentes, lidar com ganhos e perdas, defrontar-se com regras, comunicar-se com clareza e coerência, resolver problemas, tomar decisões, além de um elenco extenso de outras situações importantes para se viver neste século.
Dessa forma, a incitação está lançada: são os professores que também terão que ter habilidades para desempenhar sua função em sala de aula e mobilizar-se internamente para lidar com a cognição e as emoções de seus alunos, o que já não se trata de uma opção. Muitos documentos internacionais já citam esta demanda, como a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) e a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Também a própria dinâmica mundial, com as rápidas mudanças que vivenciamos, além do mercado de trabalho e outros fatores determinam uma urgente alteração de perfil necessária nos cidadãos para que tenhamos um próspero futuro.
O CLQ, trabalhando sempre à frente de seu tempo e em sintonia com as atuais demandas, já considera, há anos, competências socioemocionais em sua Proposta Pedagógica e trabalha com diferenciais curriculares de forma a propiciar aos alunos possibilidades de se autoconhecer (Projeto Átopos), de protagonizar sua própria história, desenvolver o altruísmo e a empatia (através do voluntariado, do Canto do Livre Querer), exercer maior autonomia (Projetos Vida, Gincanas) agir mais ativamente ao desenvolver ideias que correlacionem o saber científico à vida fora da escola (disciplinas Criatividade, Inovação e Tecnologia-Maker, Educação Financeira e Comunicação, Colaboratividade e Pensamento Crítico) crescendo em sua capacidade e em sua visão contextualizada do conhecimento (trabalho com modalidades organizativas na Educação Infantil e no Ensino Fundamental I).

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