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Estudo do Ecossistema Costeiro em Ubatuba, Paraty e Saco de Mamanguá

Estudo do Ecossistema Costeiro em Ubatuba, Paraty e Saco de Mamanguá

     As viagens de estudo do meio, realizadas nos Projetos Vida, encantam os alunos pelo vasto conhecimento que acabam adquirindo em campo, pela convivência com colegas, professores e monitores longe do ambiente escolar e pela maturidade adquirida devido à distância do conforto familiar. Essas experiências marcam a memória dos alunos, produzem lembranças que levam para o resto de suas vidas.
     No período de 22 a 25 de março, os alunos do 7º ano do Ensino Fundamental II partiram em direção a Paraty, a Ubatuba e ao Saco de Mamanguá, visando a aprofundar seus conhecimentos sobre o Ecossistema Costeiro ? manguezais, mata de restinga, Costão Rochoso, Mata Atlântica ?, assim como sobre a flora e a fauna características da região. O outro objetivo da viagem foi conhecer, em Paraty, parte da História do Brasil Colonial.
     Em Ubatuba, estiveram no Aquário da cidade que abriga várias espécies de peixes e de outros animais da água doce e salgada. Em seguida, conheceram espécies de tartaruga do litoral brasileiro no Projeto Tamar, algumas, em extinção.
     “No Aquário, conhecemos diversas espécies de peixes e suas características. Vimos águas-vivas, pinguins e aprendemos sobre a importância de não se comercializarem animais de certas espécies. Observamos cinco tipos diferentes de tartarugas no Projeto Tamar. Apresentaram-nos suas características, os locais onde vivem, a importância de sua preservação e os males a elas causados pelo descarte inadequado do lixo”, contaram os alunos Felipe Márquez Caram de Souza e Mariana Milton Souza.
     “Em Paraty, estivemos no manguezal. Vimos caranguejos, observamos a vegetação e os três tipos de manguezal. Fomos em pequenos barcos e soubemos que o turismo garante a sobrevivência de muitos caiçaras. Experimentamos a comida deles e depois fizemos uma trilha, ocasião quando explicaram a importância da preservação da Mata Atlântica”, disseram os alunos sobre a visita ao Saco de Mamanguá, que fica em uma entrada do mar com 8 km de extensão e 2 km de largura, local em que vivem oito comunidades caiçaras.
     Já sobre a visita ao centro histórico de Paraty, os alunos comentaram: “Vimos como eram as construções, a pintura em branco das casas, a arquitetura colonial, as calçadas de paralelepípedos. Também ouvimos sobre mitos e lendas. Além disso, conhecemos duas Igrejas, uma, antigamente, considerada a dos brancos, enquanto a outra, a dos negros. Aprendemos também sobre a grande influência da maçonaria em Paraty”.
     Durante o passeio pelas ruas da cidade, tiveram uma grata surpresa. Ao conhecer a fachada da casa do Príncipe Dom João Henrique de Orléans e Bragança, bisneto da Princesa Isabel e trineto de D. Pedro II, foram convidados, pelo Príncipe, a entrar na antessala, onde ele mantém o brasão da família Orléans e Bragança. “Encontramos o príncipe chegando e eles nos convidou a entrar e explicou que a representação das cores verde e amarelo da bandeira brasileira não é o verde da mata e amarelo do ouro, mas, sim, cores do Brasão da família real. Ele explicou sobre sua família, em especial, sobre a bisavó, a Princesa Isabel. Falou sobre a Independência do Brasil e como utilizavam o porto de Paraty. Comentou sobre a inundação ocorrer devido ao fato de a cidade estar no nível da maré. Foi bem legal conhecer a história da Princesa por ele. A professora Ângela Palma comentou que, em mais de 20 anos dos Projetos Vida, essa foi a primeira vez que uma turma conseguiu vê-lo e entrar na casa. Foi bacana ver que ele leva uma vida de cidadão normal.” contam os alunos.
     A professora Ângela comentou que esse constituiu momento muito interessante: “O Príncipe foi muito receptivo com os alunos e, durante a visita, percebeu que um deles demonstrou interesse por uma tela da Princesa Isabel, em outra sala. Lá, contou mais sobre sua família, sobre a própria princesa e sua visão sobre a proclamação da República. Chamou-me muito a atenção o carinho com que ele se referiu à bisavó“.
     Mariana falou que a viagem foi uma experiência muito boa por ter conhecido coisas novas e a história de Paraty. “Foi tudo muito interessante”, disse ela.
Felipe ficou encantado com a comunidade caiçara, com o estilo de vida que levam. “É muito diferente a forma como eles sobrevivem. Eles mesmo extraem os alimentos da natureza, tem maiores dificuldade, mas percebi que levam uma vida boa e que são felizes.”

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