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"Esse Jogo é nosso"

Na Educação Infantil o trabalho está pautado em metodologias que propiciam conhecimento, criatividade, curiosidade e informações naturais desse período.
Diante disso, todas as turmas, do G1 ao G5 trabalham com projetos que consideram os questionamentos e as indagações do dia a dia das crianças, de forma que elas próprias sejam autoras dos seus processos de aprendizagens.
Esses projetos, além de estruturarem atividades e tarefas, criam um ambiente de investigação, de criação e de solução de problemas.
No decorrer do ano, diversos projetos, das mais variadas áreas de conhecimento foram desenvolvidos. Apresentamos aqui um exemplo elaborado pelo G5.

“Brincar é a mais elevada forma de pesquisa.”  (Albert Einstein)

Por:Patrícia Tonin
Pedagoga e Professora da Educação Infantil do CLQ

O grupo 5 finalizou o semestre com o projeto “Esse jogo é nosso!” que resultou na produção de jogos feitos pelas próprias crianças. Afinal, se a escola é um espaço de autoria da criança, nada melhor do que elas serem autoras de seus jogos!
A construção de jogos valoriza o gosto e o interesse por eles, legiti-mando conhecimentos sobre regras e estratégias como algo que realmente tem importância e merece ser compar-tilhado, além de dar às crianças a oportunidade de praticar a escrita de regras de jogos e organização de um texto instrucional.
Com o objetivo de favorecer a inte-ração e a troca de ideias, as crianças foram organizadas em pequenos grupos para a produção dos jogos.
Vale salientar que a realização das ações ganha sentido quando as crianças estão empenhadas em uma tarefa comum, que envolve produção e criação. O conteúdo da aprendizagem se concretiza nessas ações e ganham um sentido maior quando ajustadas aos propósitos da criança, na realização de problemas reais do grupo, como, nesse caso, fazer com que números e personagens coubessem no espaço de cada casa da trilha, escrever de forma inteligível para que as pessoas pudessem aprender e seguir as regras, entre outros.
Para concretização dos trabalhos, primeiramente, as crianças esboçaram o jogo e discutiram as ideias, escutando a opinião de todos do grupo. Em seguida, fizeram um esboço e planejaram o trabalho, o que as levou a tomadas de decisões:
Como seria o jogo, personagens, tema, peões, ilustração?
Como escreveriam as regras de um jeito que as outras crianças pudessem entendê-las?
Como fazer para ampliar o desenho do esboço para um papel de formato maior (tabuleiro)?
Que nome dariam ao jogo?
Essas decisões envolveram, ainda, negociações para as escolhas entre as várias ideias que surgiram.

 

Tornar público algo que se aprende é apoderar-se também do processo de criação, ter sua autoria legitimada por outras pessoas.
Assim, a ideia de que haveria momentos que as crianças iriam ser mestres e aprendizes de jogos, foi um grande estimulador para que elas produzissem as regras com o maior cuidado, pois precisavam tornar suas criações inteligíveis.

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