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Ações Solidárias: ganho duplo

Ações Solidárias: ganho duplo

 

Ações solidárias e de cidadania integram, há longos anos, as atividades do CLQ. Como exemplo, as gincanas realizadas há 27 anos, com a prova social, que beneficia diversas instituções, e que sensibiliza e estimula os jovens a participarem de forma ativa para a transformação social. Ações pontuais e programas, como o trabalho voluntário são também desenvolvidos e coordenados pelo Canto do Livre Querer objetivando dar um sentido maior para a vida.
Outro exemplo deste trabalho é a doação feita recentemente, por meio do Programa AS - Aniversariante Solidário - o aluno ou o funcionário aniversariante, ao reunir amigos para comemorar, solicita materiais a serem doados (fraldas, leites, suplementos) como presente ou, ele mesmo oferta algo para ser encaminhado às instituições beneficentes. No final de novembro, as 107 latas de suplemento alimentar arrecadada por esse Programa beneficiou a Fundação jaime Pereira (FUNJAPE) que atende portadores de câncer e/ou em situação de vulnerabilidade/risco social.
Chamou-nos a atenção, também, a dedicação dos alunos voluntários no decorrer do ano, quando cada experiência por eles vividas, nos traz novas emoções e o retorno de um aprendizado que só se obtém com a vivência, quando se expõe a alma para servir ao próximo, o que, na maioria das vezes, surpreende pelo rico e caloroso retorno dessas ações.
Um desses encantamentos veio por meio dos alunos coreanos que se interessaram em realizar trabalho voluntário em uma das instituições cadastradas, mas, para este trabalho, havia uma limitação, a barreira linguística, já que alguns alunos ainda não dominam a Língua Portuguesa. Porém, quando há o desejo verdadeiro e real de ajudar, tudo se resolve. Graças à vontade e a disposição da Orientadora Pedagógica coreana, Bo Ram Gong (Borami) que também tinha o desejo de participar do Programa, formaram um grupo e passaram a realizar trabalhos no Lar Betel. No período de março a novembro, semanalmente, dedicaram algumas horas com os idosos, fazendo-lhes companhia, conversando ou realizando trabalhos artesanais, jogos recreativos. Dessa forma, ao circularem pelos quartos da instituição, perceberam que os idosos não tinham fotos em seus quartos. Foi quando o grupo teve a ideia de fotografá-los, com o objetivo de aumentar a auto-estima deles. Isso instigou muitos dos internos a que, felizes, se arrumassem para a foto e ficassem ansiosos para verem o resultado.
Após a revelação das fotos, esses alunos juntamente com a orientadora Borami, confeccionaram, artesanalmente, com material reciclado, lindos porta-retratos com as fotos que, agora, estão enfeitando as cabeceiras e criados mudos dos idosos.
A Orientadora Borami e a aluna Gawon Lee, do 9º C, em conversa com o Notícias do CLQ, contam:
“Foi muito bom fazer esse trabalho com os alunos. Com a perda recente de meu filho, o valor e o sentido da vida se perderam um pouco para mim. Ao surgir essa oportunidade, vi que poderia procurar ou resgatar esse sentido através do outro, sendo útil para aqueles que precisam. No decorrer do trabalho percebi que ao mesmo tempo que eu estava ajudando, estava também sendo ajudada, pois comecei a me sentir melhor. Esse trabalho foi muito importante para o aprendizado dos alunos, para os idosos e, para mim, foi uma cura emocional; por isso tudo, pretendo continua a desenvolver um trabalho voluntário no próximo ano.” comenta Borami.

                             


Gawon foi convidada a participar do grupo. No início não estava muito otimista, achando que poderia ser cansativo, mas resolveu acompanhar o grupo. “Achei que ia ser complicado, mas depois que comecei a fazer o trabalho voluntário aprendi muitas coisas da vida com eles, entre elas, conviver com pessoas com realidade diferente da minha, a dar e receber carinho. Gostava de ficar com eles, vi que não era cansativo como eu pensava e comecei até a achar que o tempo que ficávamos lá era curto. Pretendo continuar a participar do Programa no ano que vem. Fizemos os porta-retratos e, apesar de termos que trabalhar com a cola quente, que machuca a mão, a reação de alegria e satisfação dos idosos ao receber esse simples presente, compensou tudo e foi muito bom sentir que fiz, por alguns momentos, alguém feliz.”
Parabéns à orientadora Bo Ram Gong e aos alunos Hyeonuk Hwang, Hyeonsu Hwang, Seung Hwan Kim (David), Tony Min Sun Chung e Gawon Lee por iniciativa tão nobre.

                                              

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